sábado, 1 de setembro de 2012

 Serenata no Carvalhal no decorrer do 1º almoço convívio em 11/08/2012


sábado, 21 de janeiro de 2012

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 30 de abril de 2011

Enterro do bacalhau em Góis

Mais uma vez as tradições da nossa terra, foram mostradas. Graças a um pequeno grupo de goienses que muito se tem interessado pela divulgação de ancestrais culturas do nosso povo.
Exibindo aqui a sátira do enterro do bacalhau. Realizado sempre na sexta feira santa. Com o fim da quaresma termina a proibição do consumo da carne para os povos cristãos. Dando assim reinicio ao consumo de carne. É então que com grande animação e arte é simulado o enterro do bacalhau. Que durante os quarenta dias de quaresma terá sido o prato principal.
Deixo aqui uma pequena amostra desta grande comédia popular, realizada por pessoas do povo, sem qualquer vinculo teatral.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

A PRIMAVERA



Todas estas são selvagens e foram colhidas na Serra da Arrábida
Excepto esta, que é do meu quintal



Colhidas na minha horta
Ervilha torta
                                                                                 Estas são as flores que vão gerar  os legumes  que mais  tarde serão colocados na minha mesa                                         


Favas
                                                                E das árvores de frutos que também fazem parte do meu quintal

Flor de Marmeleiro


Flor de Pereira

Figueira

Nespereira

ginjeira

Maracujá

sábado, 12 de março de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CANOAGEM NO CEIRA 19/02/2011

Primeiras imagens da descida do ceira no dia 19/02/2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CANOAGEM NO CEIRA - COLMEAL- GÓIS 2011

Uma vez mais a kompanhia das águas vai realizar o encontro informal de águas bravas no Rio Ceira
Nos dias 19 e 20 de Fevereiro.
Como já bem sendo habitual a realização deste evento no rio Ceira Colmeal Góis já era por nós esperada a divulgação da data da sua realização.
Vamos como sempre receber e aplaudir em grande estilo todos estes destemido e arrojados atletas alguns de grande nível internacional. Que muitas vezes arriscam a sua vida  no desempenho desta actividade de desporto radical.
Como sempre ao comando das operações vamos ter o nosso amigo e conterrâneo Mário Martins, como responsável pelo bom tratamento do "estômago" dos atletas, o nosso Chefe de gabarito internacional Carlos Dias. para além de ser também um participante activo na canoagem. Na logística vamos encontrar o Sérgio Moreira
Para além da colaboração da Junta de freguesia do Colmeal e da UPFC, haverá também a colaboração de outros  residentes locais.
Pela minha parte terei  a responsabilidade da  reportagem fotográfica.
vamos todos juntar-nos a este grande evento e aplaudir estes atletas que de todo o País se deslocam para colaborar nesta grande descida do Rio Ceira.
Acácio Moreira

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

PRESÉPIO EM GÓIS

PRESÉPIO EM GÓIS








Um presépio construído em areia e em tamanho real no largo do Pombal. Foi esta a aposta da Câmara Municipal de Góis, para este Natal de 2010. Uma atitude da autarquia que tenho de elogiar, pois além de evocar a quadra natalícia tornou o espaço num destino apetecível. Trouxe para a vila de Góis uma mais-valia não só em termos de turismo como também num lugar de visita obrigatória a qualquer goiense. O espaço estava bastante apelativo, de distinguir a iluminação, muito bem projectada, tornando-o uma paragem nocturna obrigatória convidando os visitantes a parar e a apreciar aquelas esculturas de personagens que compõem o presépio. Peças esculpidas pelo artista plástico Camarro. De salientar a arte e habilidade deste artista em esculpir, pormenorizadamente todas as peças do presépio.
Parabéns à autarquia que primou com esta atitude.
Acácio Moreira

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DESABAFO















Lucinda
Depois de alguns meses de grande dor e sofrimento, a lutar por uma causa que à partida estava perdida, foi o teu grande desafio durante esta fase muito má da tua vida. Tentar vencer uma maldita e incurável doença, que a cada dia que passava ia avançando silenciosamente destruindo todo o teu corpo. O tempo passava e ias ficando com menos forças para lutar, com um adversário que não dá tréguas a quem tenha a infelicidade de com ele ter de conviver. Jogar o direito de viver era a única hipótese que te restava. Mesmo sabendo que não era fácil lutar com esse gigante invencível, continuaste sempre a tua luta numa derradeira tentativa de conseguir uma vitória, num jogo em que a esperança é a única coisa que nos resta. Mas mesmo sabendo tudo isso nunca deixaste de lutar, debaixo de um doloroso e silencioso sofrimento. Tentado ocultar a dolorosa realidade que se atravessou na tua ainda jovem vida. A par de tudo isto vem uma outra realidade, que acredito ser a que mais te constrangia, deixar sem mãe duas jovens meninas. A vida às vezes é muito severa connosco e difícil de compreender. Estas tuas meninas estão a sentir muito a tua falta. Não só a falta do teu carinho e protecção mas também a do insubstituível amor de mãe. Para também não falar da falta que vais fazer ao teu marido, aos teus irmãos e outros mais familiares, que neste momento também passam por uma fase de grande dor, chorando e lamentando o teu precoce desaparecimento. O teu desaparecimento só será físico, porque irá para sempre perdurar nas nossas memórias. Lucinda, partiste, precocemente para a eternidade, motivo suficiente para que não tenhas conseguido levar ao fim um dos sonhos que todas as mães anseiam. Dar uma vida estável e independente aos filhos. Receber nos nossos braços e aconchegar ao peito os rebentos dos nossos filhos, os nossos netos. Que nos dão muita alegria e alento para continuar a viver em paz e harmonia. Então aqui sim, começamos a sentir que cumprimos o interregno da nossa passagem pela terra, e partirmos para a eternidade em grande paz de espírito, com o sentido de termos cumprido bem o nosso dever. O que infelizmente não é possível a todos nós. Quanto às tuas meninas fica descansada, embora não te consigamos substituir, mas, tudo faremos par as ajudar as ultrapassar esta triste e dolorosa quadra da vida delas.

Diz-se que é mais fácil escrever do que dizer o que sentimos mas tem muito mais valor quando é dito… desculpa já não ir a tempo mas agora quero pôr de lado o cepticismo e acreditar que vais ler e sentir as palavras que te dizemos e mesmo as que ficam por dizer mas são sentidas.
Lembro as palavras do meu primo, teu sobrinho de 9 anos dizer “Não é justo!”. Pois não, a vida não é justa… Infelizmente, não posso fazer nada, mas sabes que mais tia? Obrigado! Talvez fosse uma das tuas missões, dar uma lição a todos nós, uma lição de coragem, força e luta. Mesmo a sofrer, como nenhum de nós imaginará, mantiveste sempre um sorriso para nós, uma palavra amiga e uma mensagem de coragem e fé. A tua vida pode ter sido mais curta do que todos desejaríamos mas foi um presente para todos os que tiveram a sorte de a compartilhar contigo, foste uma boa filha e uma boa mãe, uma boa esposa, uma boa irmã, uma boa tia e uma boa amiga. Alguém que me sorria e dizia “Olá linda”, que ralhava comigo quando era preciso, se sentia feliz com os sucessos dos outros e… temos saudades tuas!
Relembrando a tua missa, que deixou uma certa mágoa em nós (pelo menos para os que não estão habituados a frequentar esses “eventos”), o teu maior legado não é material, mas não tem preço… chama-se amor… e vê-se nas tuas filhas, na personalidade delas e na força que têm demonstrado.  Estarás sempre connosco!

Acácio Moreira
C.Moreira

sábado, 18 de setembro de 2010

CONTOS DE FAJÃO

A ÉGUA QUE PARIU UM VITELO
Uma vez um homem de Fajão e outro das Relvas foram à feira. Um comprou uma vaca e outro comprou uma égua. E por sinal ambos os animais andavam pranhos, quase a parir. Na volta da feira chegaram às Relvas ao anoitecer, e como para Fajão ainda era longe, o homem das Relvas convidou o companheiro a ficar ali para o outro dia. Ele aceitou, e meteram ambos os animais na mesma loja.
Ao outro dia apareceu na loja um vitelito. Logo o dono da égua se apressou a dizer: Olha, a minha égua já tem aqui um vitelo!
-Não é nada! É da minha vaca!
Discutiram, discutiram, até que resolveram ir a Fajão consultar o Juiz. Ele é que diria de quem era o vitelo.
Lá abalaram com os animais. Passaram na ponte de Cartamilo, na Barroca das Carvalhas, subiram as voltinhas, e quando iam já perto do Reboludo, nem de propósito: vinha o Juiz de Fajão a chegar à estrada, vinha de uma propriedade  que tinha lá em baixo à borda do rio e trazia ao ombro uma sachola e uma abóbora debaixo do braço. Logo ali os dois apresentaram o assunto, cada um, é claro, puxando a brasa à sua sardinha. O Juiz ouviu, mas logo se fez muito exaltado e disse muito nervoso: Deixem-me, que eu hoje venho fora de mim, venho mesmo estaporado! Não posso hoje dar sentença.
-Então que é isso, Sr. Dr. Juiz, que foi que lhe aconteceu?
-Então não querem saber? Eu tinha lá em baixo à borda do rio um bocado de trigo que era um louvar a Deus! Estava mesmo bonito. Mas esta noite as trutas saltaram-me nele e comeram-no todo.
-Isso não pode ser, disse  logo o dono da égua. Tenho pescado muita truta, mas da idade em que estou nunca ouvi dizer que as trutas saltassem para o lameiro para comer erva. E vai logo o Juiz de Fajão:  Pois eu, da idade em que estou, também nunca ouvi dizer que uma égua pudesse parir um vitelo!
Estava ditada a sentença.
( Do livro Os Contos de Fajão,  por  P.e A. Nunes Pereira)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CONTOS DE FAJÃO

O QUEIJO NO RIO
Certo dia, ainda de madrugada, iam os de Fajão para a feira do Mont' Alto. Quando iam a passar
na ponte de Cartamilo,que então era de madeira, viram a Lua reflectida na água, (por acaso era lua-cheia), e vai um aqui assim; Olhem que belo queijo lá está em baixo! E se nós o fossemos buscar ?
-Mas é que vamos mesmo, disse o Pascoal.
-Mas como?
-É fácil. Eu penduro-me aqui nas grades da ponte, tu penduras-te nos meus pés, e assim por diante, até que o último chega lá abaixo e apanha o queijo. Boa ideia! - aprovaram todos.
Quando já faltava só um para chegar ao queijo, diz lá de cima o Pascoal: ««Eh! rapazes, segurem-se lá, que quero cuspir nas mãos !»»
Largou as mãos para cuspir, e caíram todos ao rio. E o pior é que, como estavam todos aprumo, ficaram com as pernas todas embaralhadas; queriam sair, mas não sabiam quais eram as pernas de cada um, de modo que ficaram pr'ali...
Por acaso adregou de passar na ponte um almocreve. O almocreve quando viu aquele monte de homens no rio, perguntou o que era aquilo. Eles contaram-lhe o sucedido, e que não podiam sair dali porque não sabiam quais eram as pernas de cada um.
Diz o almocreve: Quanto dão vocês a quem vos diga quais são as vossas pernas?
-Trinta mil réis e uma carga de presuntos (era o dinheiro de Fajão).Então ele não esperou por mais nada. Tirou o arrocho da carga da mula e começou a bater nas pernas de uns e  outros. Ui! - gritava um. - « Tire, que essa é sua», respondia o almocreve. Batia noutra, -Ui ! - « Tire, que essa é sua ».
E assim,  um a um , tirou-os todos.


Do livro, Os contos de Fajão. por: P.e A. Nunes Pereira

terça-feira, 24 de agosto de 2010

FERIAS EM GÓIS

Desde há já alguns anos que adoptei como destino de férias a minha terra natal. Dividindo o tempo entre a aldeia onde nasci Carvalhal do Sapo e a vila de Góis, sede de concelho. Local que a família elegeu como local principal para férias e sempre que possível passar uns fins-de-semana. Local muito pacato, de gente humilde e hospitaleira, com praias fluviais lindíssimas de águas cristalinas e paisagens paradisíacas. Habitualmente procuramos fazer as nossas férias por altura das festas da vila, que são sempre uma mais-valia para o concelho. Com iniciativas sempre inovadoras, de carácter cultural e de lazer como o Festival de Folclore Beirão, que traz sempre grande movimento e alegria à vila, o desfile dos ranchos folclóricos pelas ruas da vila e a sua actuação em palco são momentos de uma grandiosidade cultural inesquecível, que nos trazem o reviver das nossas ancestrais tradições. Permite-nos mostrar aos nossos jovens e adolescentes como era a vida dos nossos antepassados. A FACIG (Feira Agrícola Comercial e Industrial de Góis) este ano bastante melhorada, pela inovação no parque da feira, atitudes positivas que trouxeram uma muito maior presença do comércio local e regional a fazer a divulgação do seu comércio na feira. Fiquei realmente surpreendido pelo notório crescimento de expositores e na significativa melhoria na imagem do certame. Sendo que a minha vida profissional me leva muitas vezes a presenças neste tipo de eventos, o que me dá alguns conhecimentos para poder dizer que a FACIG 2010 melhorou muito. Esperamos que o bom ritmo de melhorias continue. De louvar o empenho da nossa autarquia, presidida pela Dra Maria de Lurdes Castanheira, pelo progresso alcançado no engrandecimento deste evento. Para além de haver outras situações, em especial nas praias, da Peneda e Cerejal que merecem destaque em relação às melhorias, principalmente em nível de acessos. Na minha opinião pecou um pouco pelo atraso na colocação de areia nas praias com maior relevância para a praia do Cerejal, mas foi com satisfação que verifiquei que já se encontra em bom andamento, a construção da casa da cultura de Góis. Uma obra de grande interesse e valência para toda a comunidade goiense. Congratulo-me por todas estas inovações de engrandecimento da nossa terra. Dou os meus mais sinceros parabéns a quem se tem esforçado para tornar realidade estas mais-valias, que trazem sempre uma melhoria na vida dos goienses e de quem nos visita.
De salientar também foi as melhorias feitas na praia fluvial da Ponte no Colmeal. Até que enfim alguém conseguiu ter uma excelente visão para criar um lugar onde as pessoas se podem sentir muito mais confortáveis. Onde agora já é possível levar uma criança a desfrutar do sol ou da água naquela linda praia de água pura e cristalina, com muito mais segurança e conforto. Obrigado aos nossos autarcas que se empenharam na melhoria deste espaço. Um espaço de grande utilidade para quem habita nas aldeias circundantes e a quem procura estas lindas aldeias para uns breves dias de descanso.
E por agora que as ferias chegaram ao fim, á que voltar ao trabalho. Custa sempre deixar para trás todas estas maravilhas. Mas a vida é mesmo assim sempre cheia de contratempos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Azeitão


Para variar, sugeri escrever um texto sobre a zona onde moramos, porque também é sem dúvida uma das belezas de Portugal, contudo o jogo inverteu-se e acabei por prometer que este escrevia eu… e pronto pai, cá está.
Era uma vez uma menina de 8 anos que chorou muito quando os seus pais decidiram mudar de casa, deixar a cidade e mudar para o campo, numa luta perdida apenas afirmou que quando comprasse casa seria em Lisboa… E assim lá se mudou a família da capital para a localidade de Azeitão, a cerca de 15km da cidade de Setúbal e a cerca de 25km de Lisboa (inclui portagens, os pobres do deserto só se livram dela no mês em que vão de férias e não a usam). Bom, escusado será dizer que hoje só me tiram de cá por motivos de força maior como por exemplo ir para Góis. Morar no campo terá os seus contras, alguns que o pai nunca percebeu porque aqui nunca teve de andar de transportes públicos (escusado será dizer que se estes já não são óptimos na capital, no campo ainda menos), mas pronto tudo tem o seu preço…
Fonte dos Pasmados- Azeitão


Quinta das Torres - Azeitão

Então afinal o é que é que se paga? Uma vila simpática, com um ar antigo e um semblante histórico, quintas antigas e com importantes histórias, óptimos doces regionais como as famosas tortas de Azeitão acompanhadas por um bom de um moscatel (roxo de preferência) e em dias de festa Bastardinho de Azeitão, mas mais importante, paga-se pelo que eu mais gosto, morar a 10 minutos de uma das mais belas Baías do Mundo, apenas existe uma por país e em Portugal a honra coube à Serra da Arrábida. O azul do céu misturado com o azul do mar em contraste com o verde da serra…

Paisagem da Serra da Arrábida - Praias

Uma paisagem deslumbrante, umas praias fantásticas com uma temperatura amena protegidas pelas encostas da serra e uma água gelada (pronto nem tudo podia ser bom). Mas haja boa disposição que só custa o primeiro mergulho.
                                          Serra e praia do Portinho da Arrábida

Por muito que goste de Góis que é a verdade, tenho de admitir que para mim isto também é um privilégio, levantar cedo, conduzir (que é mais rápido) por estradas ladeadas de uma paisagem bonita, de vinhas e serra, estacionar e poder ir passear à beira-mar, sentir a maresia enquanto o dia ainda está a nascer, os pés molhados na areia limpinha… estender a toalha, deitar ao sol e pensar… “Isto é que é vida!”, e antes de almoço vir perguntar ao pai onde está o meu peixinho grelhado no carvão e almoçar na rua. Eu sei que apesar de pequeno Portugal tem muitos recantos bonitos e que muitas pessoas se devem considerar privilegiados como eu, mas este cantinho… “é meu”! Muito mais se poderia dizer sobre esta zona, no entanto, eu empresto o meu cantinho e dou a sugestão. Levantar cedinho, seguir até à Serra da Arrábida, escolher uma das praias (qualquer uma é recomendável) apreciar a beleza e o sol. Sair lá para as 12h que depois já queima, seguir para Setúbal, há sempre bons restaurantes com peixinho fresco (não posso oferecer o meu restaurante privado sem autorização prévia…), seguir em direcção a Azeitão, dar um passeio a pé pela Vila e provar as famosas tortas de Azeitão acompanhados com o belo do Moscatel e visitar uma das empresas de vinhos da região, qualquer uma dela faz visitas guiadas e valem a pena.
Fica aí a sugestão para um dia diferente, e eu… talvez fuja para Góis. Às vezes pareço a música do Marco Paulo “Eu tenho dois amores…”.
Pai, nós… vemo-nos no peixinho grelhado, com sorte eu levo as tortas e tu dás o moscatel (tens de comprar ou já aprendeste a fazer?)

A filha

domingo, 25 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A FRUTA DA MINHA REGIÃO




Sendo que a minha região não é de uma grande tradição frutícola, pode sempre dizer-se que existem coisas de que nos podemos orgulhar. Para além de umas muito boas e apetitosas cerejas, podemos ainda falar de uns excelentes figos, pingo mel, capa rota, de umas não menos boas ameixas, e uns mais raros pêssegos. Aquele já extinto pessegueiro do Sr. João Lima, que ele tanto orgulho tinha, ali bem juntinho às casas da aldeia e que dava os melhores frutos da região, que ele até tinha trazido já enxertado da sua aldeia natal. Mas que por ironia do destino eles poucos pêssegos conseguiam colher daquela bendita arvore.
Vou começar por vos contar uma de tantas verdadeiras histórias sobre os frutos daquele velho pessegueiro, contada por um dos principais autores de tão ousada proeza.
Sendo que o proprietário do referido pessegueiro, não era uma pessoa muito querida da juventude aldeã, o que originava por vezes ser alvo das suas malandrices.
Como o pessegueiro apresentava os seus frutos maduros por altura do São João, era hábito estes frutos fazerem parte da decoração da mesa desta família neste dia.
Tendo em conta que este era o dia das festividades anuais da aldeia em honra do seu padroeiro, o São João.
Vésperas de festa começa a chegar comunidade familiar residente noutras aldeias, Durante o jantar dos familiares o anfitrião e dono do pessegueiro não se cansava de elogiar os grandes e lindos pêssegos que o seu pessegueiro tinha, eram sem dúvida os melhores da região, e que no dia seguinte iria mostrar aos seus convidados, logo pela manhã iriam todos até ao local para apreciarem a linda árvore e colher alguns frutos para a sobremesa do almoço. O que o orgulhoso anfitrião não contou é que alguém do lado de fora da porta ouviu toda a conversa. E logo pensou em pregar uma partida ao seu vizinho. Trata de juntar a sua pandilha e rumar até junto ao pessegueiro e fazer toda a colheita, onde nem um único fruto ficou para mostrar a sua excelente qualidade.
O lindo acontece pela manhã bem cedinho, quando o dito Sr. João lima se dirige com os seus familiares em grande alegria para irem fazer a apanha dos pêssegos, e mesmo antes de chegar junto da arvore já começava a vociferar, malandros, vieram roubar-me os pêssegos todos, acreditem! Estava mesmo carregado, foi a pandilha, foi a pandilha, Sr. primo, clamava um dos convidados. Do outro lado outros se iam rindo do desespero daquele pobre homem, que mais uma vez foi tramado e não parava de jurar vingança.
Era assim a vida na aldeia destes pequenos mas já grandes malandros.


Texto publicado no âmbito da blogagem colectiva, aldeia da minha vida. Visite , participe , com texto ou apenas comentando. desfrute de uma simples, mas instrutiva leitura.
Acácio Moreira

sábado, 19 de junho de 2010

ENCONTRO DE BLOGGERS E O LANÇAMENTO DO LIVRO "ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL - GUIA TURISTICO"

Dia 10 de Junho, foi para mim um dia muito especial. Estive presente no primeiro encontro de “blogger’s” e no lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico”, editado pela empresa “Olho de Turista”em Trancoso, pela qual fui convidado a estar presente. Tive também a oportunidade de fazer uma apresentação sobre a minha Terra.


O evento teve início cerca das 10 horas da manhã, no Centro Cultural de Trancoso. Além de outras personalidades, tive a honra de ser um dos oradores no encontro. Com o tema a minha aldeia e o Vale do Ceira iniciei uma primeira introdução oral, seguida de uma apresentação em slide show, mostrando as festividades, tradições e beleza do nosso concelho.

O Concelho de Góis esteve representado por dois “blogger’s”, por mim e por Eugénia Santa Cruz, do blogue “Cortecega Notícias da Minha Terra”, a qual apresentou um excelente trabalho muito dignificante para as gentes da sua Aldeia e engrandecimento do nosso Concelho.

Cerca das 16 horas, dá-se o momento alto do dia. O lançamento do tão desejado livro, “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico” da autoria da Dra. Susana Falhas e da sua equipa “Olho de Turista”.

A apresentação do livro decorreu no Auditório do Convento de São Francisco, em Trancoso. Após intervenção do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Trancoso, coube à autora do livro a explicação sobre todo o processo de produção e da importância que esta grandiosa obra traz para todos nós, em especial, a quem deseje conhecer mais de perto toda a vivência e existência destas 12 lindas Aldeias Históricas.

Eu, que já tive a oportunidade de poder usufruir do conteúdo desse livro, aconselho vivamente a sua aquisição. Uma obra muito importante, rigorosamente concebida, com dados actualizados, inclusive números de telefones, coordenadas de GPS, etc. Uma mais-valia para todos nós. Um livro com grande relevância para a informação HISTÓRICA destas maravilhosas aldeias, que tão pormenorizadamente nos relata acontecimentos desde o início da existência de Portugal. De tal forma pormenorizada, que ao ler e ver as fotografias, faz-nos sentir como se estivesse-mos dentro das próprias localidades históricas.

A obra também contém uma informação cuidadosamente recolhida entre conhecedores de receitas de doçaria tradicional regional milenar, que são acepipes de comer e chorar por mais. Lembro-me das famosas sardinhas doces de Trancoso, entre muitas outras receitas, que além de deliciosas, ainda nos contam a razão histórica da sua existência.

Pela minha parte, agradeço a gentileza do convite para ser orador de um evento com a grandeza deste. Não posso deixar de agradecer também a maneira como fomos recebidos pelos directores da empresa “Olho de Turista” e por toda a sua equipa. De salientar, o modo maravilhoso como decorreu a organização do evento. Fomos servidos como reis, com um lauto almoço no Hotel Turismo de Trancoso, presenteados com uns docinhos e umas especialidades regionais para intervalar, que só de lembrar...

O meu grande obrigado!



APRESENTAÇÃO ENCONTRO DE BLOGGERS


                                                                   INTRODUÇÃO

ANTES DE MAIS O MEU ESPECIAL AGRADECIMENTO A TODOS QUE SE ESFORÇARAM E TRABALHARAM PARA TORNAR POSSIVEL ESTE EVENTO.

POR VEZES É NOS SITIOS MENOS PROPICIOS QUE FAZEMOS NOVAS AMIZADES E ADQUIRIMOS NOVOS CONHECIMENTOS.

A VIDA TRAZ-NOS MUITAS VEZES BOAS OPORTUNIDADES, QUE DESPERDIÇAMOS. EU DECIDI AGARRAR ESTA PARA VOS PODER MOSTRAR AQUI O QUANTO É LINDO O SITIO ONDE NASCI E AS MARAVILHAS DA NATUREZA QUE O RODEIAM

A VERDADE É TÃO SIMPLES QUANTO ESTA, NÃO É PRECISO IR ATÉ AOS CONFINS DA TERRA PARA DESCOBRIR PAISAGENS MARAVILHOSAS E EM ESTADO (QUASE) PURO E TAMBÉM NÃO É PRECISO ENFRENTAR RISCOS IMPENSÁVEIS PARA PODER GOZAR DE UNS BELOS DIAS DE DESCANSO EM COMUNHÃO COM A NATUREZA, NUM DESSES PARAÍSOS EXÓTICOS DO MUNDO.

AQUI MESMO NAS ALDEIAS DA BEIRA SERRA ENCONTRAMOS ESSES PARAÍSOS. UM PATRIMÓNIO INCÁLCULAVEL DE PAISAGENS, DE FLORA E FAUNA EXTRAORDINÁRIAS, RIOS MARAVILHOSOS QUE NOS OFERECEM APRAZÍVEIS PRAIAS FLUVIAIS COM ÁGUAS PURAS E CRISTALINAS QUE NOS CONVIDAM DE IMEDIATO A DESFRUTAR DESTE BEM QUE A NATUREZA POR AQUI AINDA NOS OFERECE. O RIO CEIRA TEM REALMENTE PRAIAS FANTÁSTICAS, PARA ALÉM DE SER MUITO PROCURADO PARA OUTROS TIPOS DE DESPORTO, COMO A CANOAGEM

SE O CHEIRO A MARESIA É O MAIS “ASSEDIADO” NO VERÃO, NÃO TEM, AINDA ASSIM, UM ESTATUTO INDESTRONÁVEL. CASOS HÁ EM QUE OS GRÃOS DE AREIA SÃO PASSIVEIS DE CAUSAR “URTICÁRIA” OU SIMPLESMENTE, POR QUESTÕES LOGÍSTICAS ASSOCIADAS À DESLOCAÇÃO, SE TORNA COMPLICADO IR ATÉ ÀS PRAIAS DITAS CONVENCIONAIS. E PORQUE PORTUGAL NÃO É SÓ COSTA, O INTERIOR DO PAÍS É PRÓDIGO EM FANTÁSTICAS REDES FLUVIAIS. PORQUE NÃO, OPTAR ANTES POR DAR UM MERGULHO NO RIO EM DIAS DE CALOR. ALIÁS, AS PRAIAS FLUVIAIS PERMITEM ATÉ OUTRO TIPO DE ACTIVIDADE, QUER DE ÍNDOLE MAIS FAMILIAR, QUER DE CARIZ RADICAL. POR EXEMPLO, POSSIBILITA FAZER AGRADÁVEIS PIQUENIQUES. E TUDO ISTO VOCÊS PODEM VIR PARTILHAR CONNOSCO. VENHA CONHECER O CONCELHO DE GÓIS. VAMOS DAR UMA BREVE PASSAGEM POR: CARVALHAL – GÓIS E O VALE DO CEIRA. VAMOS DEIXAR QUE AS IMAGENS FALEM POR MIM.

APRESENTAÇÃO EM IMAGENS

                                                       1ª Parte da apresentação



2ª Parte da apresentação


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ser Pobre

casaldosmoinhos.blogspot.com/2010/04/ser-pobre.
Estava eu entretido a arrumar alguns e-mails nas pastas próprias, outros eram apagadas entretanto tropecei num que me fez parar e não resisti em transcrever aqui o seu conteúdo, porque tem tudo a ver com a minha terra. Este e-mail recebido faz algum tempo, conta a seguinte história:
Titulo: O QUE É SER POBRE!
Um pai, bem na vida, querendo que seu filho soubesse o que é ser pobre, o levou para passar uns dias com uma família de camponeses.
O menino passou 3 dias e 3 noites vivendo no campo.
No carro, já de regresso à sua casa na cidade, o pai perguntou:
Boa, responde o filho, com o olhar perdido à distância.
O filho respondeu:
Que nós temos um cachorro e eles tem quatro.
2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até a metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde tem peixinhos e outras belezas.
3 - Que nós importamos candeeiros do Oriente para iluminar nosso jardim, enquanto eles tem as estrelas e a lua para iluminá-los.
4 - Nosso quintal chega até o muro. O deles chega até o horizonte.
5 - Nós compramos nossa comida, eles cozinham.
6 - Nós ouvimos CD’s... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, pardais, sapos, grilos e outros animaizinhos...tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha sua terra.
7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão à lenha.
8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes...Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos.
- Nós vivemos ligados ao telemóvel, ao computador, à televisão. Eles estão 'ligados' à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família.
O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou:
Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da natureza, que são as grandes obras de Deus.
Nos preocupamos em TER, TER, TER, E CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos preocuparmos em SER.Victor Gonçalves, Do blog Casal dos Moinhos casaldosmoinhos.blogspot.com

terça-feira, 18 de maio de 2010

FESTAS DO CARVALHAL DO SAPO


 Mais um vez vai esta aldeia viver a alegria das suas festas anuais, em honra do seu Orago, São João Baptista
Este ano serão realizadas no dia 26 de Junho.
                                                 
                                                      
PROGRAMA DAS FESTAS - 2010

Sexta feira, 25 de Junho
08.00,horas-Abertura do evento com música da aparelhagem sonora -  Som Argus
   
Sabado, 26 de Junho

08.00, horas às  21.30 -Espaço animado pelo Som Argus

10.00, horas - Chegada da Banda Filarmónica Avoense

10.20, horas - Arruada da Banda, pelas ruas da aldeia

10.40, horas - Missa Solene, celebrada na capela da aldeia.
Seguindo-se a tradicional  procissão pelo habitual percurso das ruas da aldeia, acompanhada pela Banda Filarmónica Avoense.

13.00, horas - Tradicional leilão das oferendas

16.30, horas - Actuação final da Banda Filarmónica Avoense

17.00, horas - despedida da Banda

22.00, horas -  Inicio do tradicional baile abrilhantado pelo Conjunto  Musical - LAMIRÈ

01.00, hora - Encerramento da actuação do Conjunto Musical - Lamiré

                                                DOMINGO, 27 DE JUNHO

08.00, horas - Alvorada com musica da aparelhagem sonora  SOM ARGUS



15.00, horas - ENCERRAMENTO DAS FESTAS

A Mordomia tem uma enorme satisfação em convidar todos vocês a estarem presentes na festa da nossa aldeia. Contamos com a presença de todos. Venha divertir-se e conviver connosco.   

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O QUE É UM MUSEU



O museu é uma entidade de criação onde se preserva a memória de um povo, de uma cidade de uma pessoa, enfim é o lugar de histórias interessantes que nos faz viajar pelo tempo. Mas apesar de contar o passado que já aconteceu, o Museu é o lugar ideal para meditar-mos sobre o presente e reflectirmos sobre o nosso tempo. Quando visitamos um museu podemos pensar, por exemplo, na transformação, evolução dos objectos. Por exemplo imaginem como o processo da escrita se foi modificando ao longo da evolução da história, desde a invenção do papel até a criação do computador. Pensem também como vivemos hoje? e como viviam os nossos antepassados? Já pensaram como seria recebermos hoje a visita de um ser da pré-história. Com certeza ele ira estranhar, os enormes prédios existentes pela cidade, as pontes os túneis, enfim todas as grandes obras da actualidade, seria um enorme choque para um ser que viveu num passado pré-histórico encontrar-se com actualidade. Em todo o mundo existem museus com diferentes nomes, que podem variar conforme o tipo de material que apresentam. Assim, temos os museus históricos, os museus de ciência, os museus de arte, as cidades museus, assim como os ecomuseus, e como o museu não deixa de acompanhar as mudanças dos tempos, temos também os museus virtuais.
O museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que pode promover pesquisas relativas aos testemunhos materiais do homem e do seu ambiente, conserva-os, comunica-os, e expõe-nos para estudo, educação e prazer. O museu é um espaço onde todos podem ir, que recolhe, estuda e conserva os objectos que depois são apresentados em exposição.
O trabalho desenvolvido pelos museus, permite a criação de uma identidade cultural, assumindo o património um significado especial. Os objectos contam-nos histórias, revelam-nos o nosso passado, a nossa identidade.
 A visita a um museu traz-nos sempre mais conhecimentos, onde podemos descobrir sempre coisas novas, pois o museu é um lugar de descobertas.
Acácio Moreira
Visite, desfrute da leitura e vote no seu texto preferido.
Texto publicado no âmbito de blogagem colectiva , aldeia da minha vida

sábado, 1 de maio de 2010

OS CONTOS DE FAJÃO

 A VISITA DO BISPO

A certa altura Fajão foi provido com um novo cura, e logo nesse ano o Senhor Bispo anunciou a sua visita pastoral.
Foi numa tarde amena que o dito cura se encontrou com  o Juiz em passeio, e logo o cura disse para o juiz:
Olhe, qualquer dia vem aí o Senhor Bispo, em visita  pastora, e o que é certo é que eu não estou ainda lá muito bem habilitado para orientar as coisas.
E logo o Juiz disse: Ó senhor prior, não se preocupe.Se quiser, dê-me as suas ordens, que eu trato disso tudo e resolvo-lhe os problemas todos.
Está bem eu agradeço; trate-me lá disso tudo, para a freguesia não ficar mal.
Assim foi. O juiz preparou tudo, e no dia da visita lá foram todos para a serra esperar o Senhor Bispo, e está claro que à frente ia o Juiz, para ser o primeiro a cumprimentá-lo.
O Juiz aproximou-se, tirou o barrete e cumprimentou: « Então, Senhor Bispo, passou bem ? Fez boa viagem? E como está a senhora Bispa, e os bispinhos todos, estão bons?»
O Senhor Bispo não se desmanchou, e respondeu: - Bem; está tudo bem, muito obrigado. Foi recebendo os cumprimentos dos principais da vila, mas a certa altura a mula do Senhor Bispo pôs uma pata em cima do sapato de um deles. O homenzinho lá foi aguentando, mas quando já não podia mais perguntou:
- «O Senhor Bispo ainda se demora aqui muito tempo? É que a mula de V. Ex.ª  tem um pé em cima da minha pata!»
Depois foram todos em procissão por ali abaixo. Perto da igreja, o Senhor Bispo paramentou-se e lá foram seguindo. Ao chegar o cortejo à igreja, o Senhor Bispo que era muito alto e ainda com a mitra em cima, estava a ver que não podia entrar. Então o Senhor Juiz chegou-se ao pé do «Senhor Bispo, faz favor de abaixar a cornadura, se não bate lá em cima!» Bem .Pois o Senhor Bispo baixou a cabeça e entrou. Na igreja as cerimónias decorreram como era costume. Depois foi a parte exterior, as cerimónias civis. Dirigiram-se ao aos Paços do Concelho. No cimo das escadas o Senhor Bispo tropeçou e rolou pelas escadas abaixo. Ora o Juiz tinha dito ao povo para fazerem o que o Senhor Bispo fizesse; então, julgando que aquilo também fazia parte das cerimonias, puseram-se todos a rolar pelas escadas abaixo.
Depois daquele percalço entraram todos nos Paços do Concelho, para uma recepção e almoço. Tudo normal, como  é  uso nestas visitas. Mas a certa  altura o Juiz, que não tinha esquecido nada para preparar uma recepção condigna, e por isso tinha preparado uma ca(ga) deirazita; como o Senhor Bispo não tinha pedido nada, lembrou-se de que ele devia precisar. Sim, porque todos nós sabemos o que são necessidades. Então chegou-se ao pé do Senhor Bispo e disse-lhe ao ouvido: Olhe lá, o Senhor Bispo, talvez precise de cag...
 - Não será pior, não! - respondeu ele. (Contam outros pormenores que para o caso não adiantam ).
O que é certo é que o Senhor Bispo veio muito bem impressionado com a visita pastoral a Fajão
Do livro os contos de Fajão. - Por P.e A. Nunes Pereira

sábado, 27 de março de 2010

TÁCTICAS AFRICANAS

Dois Moçambicanos à conversa:

-Mano, pus soalho flutuante nos casa! Bonito! Assim quando vier as próximas cheias, o chão flutua e não fico com a casa inundada!...

- Mas, se vierem muitas cheias, isso sobe muito e tú báte  mésmo com os cornos nos tecto, pá!!!
- Nãos tem problema, méu; também pus os tecto farso

quarta-feira, 3 de março de 2010

ONDE CRESCEU O MEU PAI





O meu Pai nasceu, cresceu e faleceu no Carvalhal do Sapo

Manuel Moreira, nasceu no Carvalhal do Sapo em 26 de Agosto de1921 e faleceu a 31de Dezembro de 2008.
É costume comentar que a vida são dois dias, a data do nascimento e a data da morte e vemos esta realidade cada vez que vamos a um cemitério e a prova disto está espelhada em todas as lápides e o seu dizer singelo traduz esta realidade. Nasceu a tantos de tal e faleceu a tantos de tal. A diferença entre estas datas é um interregno da vida, uma imagem que perdurará ou se extinguirá, consoante as acções que podemos fazer em vida e que marcam a nossa passagem por este mundo.
Manuel Moreira, neste seu interregno, foi uma figura que marcou a sua passagem por este mundo na nossa terra, e que ficará para sempre na memória das nossas gentes, foi sempre uma figura marcante, de grande carisma para a era em que viveu, foi um grande exemplo para a sua e futuras gerações. Um símbolo dum mundo que deixou marca e que infelizmente está a desaparecer!
Era um homem que fazia da convivência uma devotada arte de partilhar a amizade, O seu grande amor pela família e a amizade pelos amigos era o que de mais importante tinha na sua vida.
Teve uma vida difícil, uma juventude vivida em terra inóspita de fracos recursos que tornava a vivência muito dura. E foi na esperança de uma vida melhor que tomou o rumo a Lisboa, onde foi procurar um meio de subsistência melhor que encontrou como moço de armazém, onde se empregou durante toda a sua passagem pela capital. Contudo as saudades da esposa e do primeiro filho, já nascido, começa a apertar e a angústia da distância a fazer-se sentir… e assim, há que enfrentar a situação! Foi na tentativa de conseguir dar novo rumo à vida dura, aos salários miseráveis, à separação da família pela distância que surge a oportunidade que há algum tempo ecoava o regresso à sua terra. Era uma oportunidade única, dar seguimento a um pequeno estabelecimento de comércio misto aí existente. Ultrapassados alguns percalços pelo meio, os escassos meios para enfrentar as dificuldades que se avizinhavam, foi com a grande força de espírito de que sempre foi portador que tudo se ultrapassou e o seu objectivo conseguido. Mesmo após o seu regresso à terra natal, a vida permaneceu dura mas na companhia da família e podendo contar com o seu apoio, foi mais fácil lidar com a crueza duma luta que afinal nada mais foi que o apanágio de uma vida.

ONDE CRESCEU O MEU PAI


Pode ler o texto publicado neste blog com o titulo MANUEL MOREIRA o Moreira do Carvalhal, aqui muito mais desenvolvido pela razão de na blogagem colectiva  o texto estar limitado a 25 linhas 
O que é perfeitamente compreensível

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CANOAGEM NO CEIRA


SABADO 20-02/2010


Chegada  à ponte velha Cabreira


Há já alguns anos que se tornou habitual e quando as condições atmosféricas e o caudal das águas  assim o permitem, que um atrevido grupo adepto da canoagem se dedica a fazer a descida do rio Ceira. Conforme o caudal das águas do rio, assim se decide qual o melhor trajecto a fazer. Habitualmente entre Vale Pardieiro e Góis. Conforme o local de partida , assim se decide onde terminar a etapa do dia. As decisões são normalmente tomadas pelos veteranos da "Kompanhia das Aguas" Mário Martins e Carlos Dias. Uma descida do Ceira nesta modalidade para mim constitui um verdadeiro desafio face à minha inexperiência, neste tipo de "aventura".
Mas vamos ter de confiar nos grandes entusiastas da modalidade, como o Mário Martins e o Carlos Dias pessoas com larga experiência nestas andanças. O amanhecer no Colmeal acordou nessa manha com um pouco mais de bulício do que o habitual,o Rio ficou muito mais alegre e colorido nesta manha de sábado 20/02/2010, quando os intervenientes desta aventura começaram a chegar junto da ponte do Colmeal e se preparavam para dar início à descida do rio, até junto da ponte nova na Cabreira. Proeza que realizaram com carácter de grande destreza, desportivismo e camaradagem.


Descida do açude na ponte velha da Cabreira junto ao velho lagar




Terminada a etapa, faz-se o regresso ao Colmeal, para dar início ao retempero das forças, para o qual houve a prestável e agradável colaboração do grande artista Carlos Dias mestre na área do bem saber cozinhar, papel que desempenha com grande mestria e conhecimento como o cozinheiro de serviço. E que bem que desempenha esta tarefa, com um excelente serviço, digno de um Rei. O meu muito obrigado.
Houve também e como sempre tem sido hábito a gentil e grande colaboração por parte da União Progressiva da Freguesia do Colmeal na pessoa do seu presidente Sr. António dos Santos que nos honrou com a sua presença e colaboração. Não menos importante foi a colaboração da Junta de Freguesia do Colmeal, onde o Sr. Presidente e o presidente da Assembleia Geral estiveram presentes dando a sua colaboração e apoio ao evento.



Chegada ao final da etapa na ponte nova da - Cabreira

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Este aparato sem igual foi só para a fotografia 



Terminada a etapa começa uma nova azáfama, mudar de roupa e providenciar o transporte de pessoas e equipamento ao local de partida.


REGRESSO AO COLMEAL

Final do dia vem um novo convívio, sentar à mesa e retemperar forças,   em ameno cavaqueio vai-se comentando as aventuras do dia,  e preparando  o itinerário  para o dia seguinte.

De salientar que dado o grande numero de participantes, o fecho do dia foi feito com o desfrutar de uma bela refeição confeccionada como já atrás referi pelo cozinheiro de serviço Sr. Carlos Dias no antigo edifico da Escola Primária do Colmeal.. De salientar  a também a preciosa colaboração do meu velho amigo Artur Domingos da Fonte.


Imaginem só este tamanho de"tacho"

 

E para retempero das forças, um rancho à moda do Carlos Dias - são servidos ?

 

Olhem só para esta apresentação!

Para a entrada , além de outras iguarias, de salientar o "paté de atum"  receita do Carlos Dias que estava uma autêntica maravilha,


Temos aqui um creme de peixe, que estava uma delicia, aprovado por unanimidade.



Aqui temos a colaboração do Artur da Fonte dando o toque final neste maravilhoso creme de peixe
 que fez uma deliciosa entrada



Como seria de esperar também houve direito a sobremesa,. uma gentileza do participante e cozinheiro de serviço Chefe Carlos Dias


  

E ainda, um delicioso Leite creme







 Aqui uma grande demonstração da simpatia solidariedade e gentileza com que os participantes deste evento foram recebidos .No decorrer da lauta refeição que degustavam em ameno cavaqueio, aparece um grande amigo, um amigo que queria que nada faltasse naquela mesa e então  presenteou os presentes com dois excelentes tipos de digestivos,  um Logan especial e uma deliciosa e bem tradicional aguardente de mel com muitos, muitos anos de idade. Uma iguaria sem precedentes. Porque disto já não se faz por estas terras. Isto eu posso justificar, porque sendo eu um bom apreciador deste néctar à muito tempo não tinha o prazer de saborear uma coisa tão deliciosa.
Para além de ainda sermos convidados a entrar em sua casa e aquecermos  na sua lareira 

Um bem-haja  pela colaboração,a hospitalidade e o carinho com que nos receberam

(Lamento não saber o nome deste querido amigo, deixo aqui a mensagem para quem o conhece fazer o favor de o fazer na rubrica comentários do post)

DOMINGO 21 - 02 - 2010
PRAIA DA PENEDA


No segundo dia, Domingo, a partida foi feita a partir de Góis, com início na Praia da Peneda e destino a Casal do Ermio, Serpins. Com grande pena minha e por razões pessoais não pude fazer o acompanhamento desta etapa.
 RIO CEIRA GÓIS




Praia da Peneda -  Góis

No comando das operações vemos aqui, Mário Martins a saltar o açude da praia do Cerejal - em Góis




Mais um grupo de participantes que se aventura no salto do açude da praia do Cerejal- Góis

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